quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A exuberância da nossa mata e sua fragilidade.

Floresta desmatada não recupera diversidade, diz MPEG, após 40 anos, mata secundária só tem 35% das espécies originais.
Expectativa de vida desse tipo de vegetação, porém, é bem menor.
Da Agência Estado

Estão destruindo nosso maior patrimômio, que é nossa mata atlântica, em 500 anos de destruição só nos resta 1% da mata original sendo assim poderá simplesmente sumir do território brasileiro em menos de 30 anos, caso o ritmo continue de devastação, com isto acarretando o sumiço de diversas espécies de animais e vegetais raros e valiosos.....
A Mata Atlântica é considerada uma das florestas nativas mais ameaçadas de extinção. Em 1999, a Unesco declarou duas áreas da Mata Atlântica patrimônio da humanidade.
(Rita Vieira)

A constatação de que 20% das áreas desmatadas da Amazônia têm florestas em regeneração coloca o Brasil no centro de uma discussão internacional sobre o valor ecológico das florestas secundárias. Estudos de longo prazo realizados no nordeste do Pará por cientistas do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) mostram que, mesmo após 40 anos em repouso, as florestas secundárias da região só recuperaram 35% das espécies arbóreas com mais de 10 centímetros de diâmetro que tinham originalmente.
Segundo cálculos do pesquisador Cláudio Almeida, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cerca de 132 mil dos 680 mil quilômetros quadrados de florestas derrubadas na Amazônia estavam em processo de regeneração até 2006. E, segundo especialistas, essas florestas podem até se transformar em florestas maduras, mas dificilmente recuperam a diversidade de espécies que tinham originalmente. Uma área de florestas secundárias (ou capoeiras) equivalente a tudo que foi desmatado na Amazônia nos últimos sete anos (de 2002 a 2008), suficiente para cobrir de mata os Estados de Pernambuco e Alagoas.
À primeira vista, pode parecer que sete anos de desmatamento foram “desfeitos”. Mas a simplicidade dos números esconde uma teia de fatores ecológicos altamente complexos. Além da regeneração, o tempo para regeneração é insuficiente. Segundo Almeida, a expectativa média de vida de uma floresta secundária na Amazônia brasileira é de apenas cinco anos, até ser cortada e queimada novamente.
Fonte jornal "O Estado de S. Paulo.

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