terça-feira, 28 de abril de 2009

Sou um consumidor consciênte? Será que faço a minha parte.

Diz uma velha história que o homem feliz não tinha camisa. Em plena sociedade de consumo, é impossível seguir o lema. Comprar faz parte do dia-a-dia, marca as relações sociais, é a base da economia. O problema é que o consumismo chegou a níveis insanos no mundo, aumentando a demanda por matéria-prima, a produção de lixo, a pressão sobre o meio ambiente.
Resolver essa equação não é simples, mas precisamos encarar. Um relatório da organização WWF mostra que consumimos 30% acima da capacidade regenerativa do planeta. Se a tendência não mudar, em 2030 seriam necessárias duas Terras para suprir tal demanda.
O relatório Planeta Vivo mostra ainda que tamanha pressão levou à perda de 30% da biodiversidade nos últimos 35 anos. Além do aumento populacional, a demanda gerada pelo ser humano dobrou por conta justamente do aumento do consumo individual.
Se compramos uma roupa nova, raramente consideramos que foi necessário cultivar algodão, processá-lo, fabricar a peça, empacotá-la, transportá-la. Se embarcamos em um avião, não pensamos que cada componente dele vem da natureza. É uma espécie de "ilusão de ótica", diz o professor da UFRJ José Augusto de Pádua, já que continuamos tão dependentes da natureza quanto nossos ancestrais.
Ao mesmo tempo em que não costumamos pensar nessas relações, o que consumimos diz muito sobre nós. "Consumir é comunicação", diz a cientista social Fátima Portilho, autora do livro "Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania". "Através dos bens que uso eu também digo quem sou. Eles determinam o status na sociedade." E, para ela, não há nada de mau nisso: em qualquer cultura, bens materiais marcam fronteiras e dizem quem é quem na hierarquia social. Fátima considera um erro do movimento ambientalista tachar o que é "certo" e "errado".
O problema é que os recursos estão se exaurindo - e, o que é pior, por causa de uma minoria privilegiada. Uma pesquisa do Worldwatch Institute, O Estado do Mundo 2004, mostrou que apenas um quarto dos habitantes do globo consomem acima de suas necessidades. Metade da população consome até a quantidade necessária para a sobrevivência, e metade disso, abaixo do que precisa.
O consumo de cada umDe modo geral, o consumo está profundamente associado às carências e frustrações da vida contemporânea. "Muitas vezes ele supre uma fantasia: 'Se eu comprar tal roupa, serei mais bonita, poderosa, feliz'", diz a psicóloga Denise Ramos, da PUC-SP.
Se o consumo é um elemento tão fundamental no imaginário e na vida das pessoas, ele pode se tornar também um instrumento poderoso. Em uma pesquisa do Akatu, mais de 50% dos entrevistados disseram acreditar que o que compram define quem são. "Fica claro que, ao escolher empresas responsáveis, eles estão praticando um ato de cidadania", diz Helio Mattar. Sendo assim, se é impossível fugir do consumo, o jeito é abraçá-lo da melhor maneira. É o que Fátima Portilho chama de "politização do consumo". Segundo ela, de maneira crescente, o ato de escolher e usar produtos tem se tornado uma ação política ao lado de práticas tradicionais, como o voto. "É na esfera do consumo que as pessoas percebem que podem fazer alguma coisa. Com a internet, mais acesso à informação, o consumidor está cada vez mais ativo no mercado".
Passos para a mudança Até mesmo deixar de comprar pode ser uma maneira de dar o recado: não é à toa que movimentos como o Buy Nothing Day, o dia de não comprar nada, conquistam adeptos. Criado em 1992 pelo artista canadense Ted Dave e encampado pela revista de vanguarda Adbusters, o movimento reúne milhares de pessoas em 65 países. Outro fenômeno com milhões de seguidores no mundo todo é a "simplicidade voluntária", que prega uma nova relação com os bens, o dinheiro e o tempo. Muitos dos seguidores abrem mão de trabalhar tantas horas e ganhar tanto dinheiro para aproveitar as coisas simples da vida. Praticante dessa filosofia, Jorge Mello propõe que cada um pergunte a si mesmo o que é necessário. "Progressivamente as pessoas descobrem que podem viver com mais qualidade sem ostentação."
Os especialistas são unânimes: não existe receita para ser um consumidor responsável. Há diversos sites, como o www.climaeconsumo.org.br, em que o visitante pode calcular sua pegada ecológica, o rastro de degradação ambiental deixado por seus hábitos. O site do Akatu traz o Teste do Consumidor Consciente, com uma série de perguntas para avaliar como o visitante pode tornar seus hábitos mais sustentáveis.
Em que você pode ajudar?- Passe algumas das horas que gastaria nas compras visitando pessoas queridas, que você viu pouco no ano.
- Planeje os gastos, estipule um limite de despesas e não saia dele. Se comprar a crédito, atenção aos juros. Faça prestações que caibam no orçamento.
- Escolha presentes alternativos, reciclados, produzidos artesanalmente, de pouco impacto ambiental e feitos para durar.
- Dê presentes simbólicos: um texto escrito por você ou do qual goste; uma canção que marcou o ano, uma entrada para visitar uma exposição.
- Reflita antes de comprar: o presente é realmente do gosto do presenteado? É um gesto de real amizade ou apenas um "genérico"?
- Doe o que você não usa, proporcionando uma vida melhor a quem precisa.
- Diminua o uso de embalagens, preferindo as que possam ser reutilizadas.
- Recicle e dê cara nova a tudo o que for possível.
- Não compre produtos piratas ou contrabandeados, que contribuem com o crime organizado.
- Use luzes de baixo consumo.
- Compre o necessário: evite exagero de alimentos e bebidas. Se possível, escolha alimentos orgânicos e locais.
- Opte por comprar produtos de empresas social e ambientalmente mais responsáveis.

Por Natalia Viana, da Revista Sustenta

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O dia da Terra. Mas todo dia é dia da Terra.

O Dia da Terra foi criado em 1970, quando o senador americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição, aproveito a proximidade da data para lançar alguns tópicos para reflexão.
Vamos economizar energia e evitar a poluição.
Faça a sua parte!!!!
1. Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentesLâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente.
2. Limpe ou troque os filtros o seu ar condicionadoUm ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.
3. Escolha eletrodomésticos de baixo consumo energéticoProcure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados).
4. Não deixe seus aparelhos em standbySimplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de standby de um aparelho usa cerca de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso.
5. Mude sua geladeira ou freezer de lugarAo colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles então, nem pensar! Mas isso ninguém mais faz hoje em dia… faz?
6. Descongele geladeiras e freezers antigos… se é que você ainda tem um!Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.
7. Feche suas panelas enquanto cozinhaSimples, não? Ao fazer isso você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar. Já as panelas de pressão economizam cerca de 70% do gás utilizado!
8. Use a máquina de lavar roupas/louça só quando estiverem cheiasCaso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças, não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve.
9. Tome banho de chuveiro E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro.
10. Use menos água quenteAquecer água consome muita energia. Para lavar a louça ou as roupas, prefira usar água morna ou fria.
11. Pendure ao invés de usar a secadoraVocê pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora.
12. Nunca é demais lembrar: recicleRecicle no trabalho e em casa. Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Existem vários na rede Pão de Açúcar. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).
13. Faça compostagemCerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem: além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito.
14. Reduza o uso de embalagensEmbalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria.
15. Compre papel recicladoProduzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas.
16. Utilize uma sacola para as comprasSacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.
17. Plante uma árvoreUma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde.
18. Compre alimentos produzidos na sua regiãoFazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.
19. Compre alimentos frescos ao invés de congelados Comida congelada consome até 10 vezes mais energia para ser produzida. É uma praticidade que nem sempre vale a pena.
20. Compre orgânicosPor enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas você sabia que, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais, insetos e ainda por cima absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura "tradicional"? Se toda a produção de soja e milho dos EUA fosse orgânica, cerca de 240 bilhões de quilos de gás carbônico seriam removidos da atmosfera. Portanto, incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair com o tempo.
21. Coma menos carneO metano, emitido por bois e vacas é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Além disso, a produção de carne demanda uma quantidade enorme de água e terras. Confira alguns posts sobre o assunto aqui.
22. Ande menos de carroUse menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.
23. Não deixe o bagageiro vazio em cima do carroQualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro vazio gasta 10% a mais de combustível, devido ao seu peso e aumento da resistência do ar.
24. Mantenha seu carro reguladoCalibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, ou de acordo com a recomendação do fabricante. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.
25. Dirija com atenção e não desperdice combustívelEscolha as marchas corretas, utilize o freio de mão ao invés do pedal quando possível, desligue o carro quando ele ficar mais de 1 minuto parado. Dessa forma, você economiza dinheiro, combustível e o meio-ambiente.
26. Lave o carro a secoExistem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping.
27. Quando for trocar de carro, escolha um modelo menos poluenteApesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Em cidades como São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos.
28. Use o telefone ou a InternetA quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou kype pode poupar você de stress, além de economizar um bom dinheiro e poupar a atmosfera.
29. Voe menosDeixar de pegar um avião apenas uma ou duas vezes por ano faz uma diferença significativa para a atmosfera. Se você não pode se dar esse luxo, que tal neutralizar suas emissões? Você pode fazer o cálculo aqui.
30. Incentive sua escola, trabalho ou condomínio a reduzir suas emissõesVocê pode se tornar um agente de grandes mudanças se, além de reduzir suas emissões também estimular seus amigos a fazer o mesmo.
31. Economize CDs e DVDsCDs e DVDs sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas você sabia que um CD leva cerca de 450 anos para se decompor e que, ao ser incinerado, ele volta como chuva ácida (como a maioria dos plásticos)?Utilize mídias regraváveis, como CD-RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas.
32. Proteja as florestasPor anos os ambientalistas foram vistos como "eco-chatos". Mas em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.
33. Considere o impacto de seus investimentosO dinheiro que você investe não rende juros sozinho. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.
34. Informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrataSeja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas também a sua margem de lucro alardeada todos os anos. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim?
35. Desligue o computadorMuita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes simplesmente por comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo e o monitor por até quinze minutos.
36. Considere trocar seu monitorO maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo? Doe a instituições como o Comitê para a Democratização da Informática.
37. Não troque o seu iPod ou celularPelo menos enquanto estiverem em bom estado. Se o problema é a bateria, considere trocá-la e descartá-la adequadamente, encaminhando-a a postos de coleta. Gadgets como iPods e celulares trouxeram muita comodidade à nossa vida, mas utilizam de derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Além disso, na enorme maioria das vezes sua produção é feita utilizando mão de obra barata em países em desenvolvimento.Utilize seus gadgets até o final da vida útil deles, lembre-se de que eles certamente não foram nada baratos.
38. No escritório, desligue o ar condicionado uma hora antes do final do expedienteNum período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que equivale a quase um mês de economia no final do ano. Além disso, no final do expediente a temperatura começa a ser mais amena.
39. Não permita que as crianças brinquem com águaBanho de mangueira, guerrinha de bambuchas e toda sorte de brincadeiras com água são sem dúvida divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação. Não deixe que seus filhos brinquem com água, ensine a eles o valor desse bem tão precioso.
40. No hotel, economize toalhasEm alguns hotéis, o hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia.
41. Participe de ações virtuaisA Internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site ClickÁrvore, que planta árvores com a ajuda dos internautas. Informe-se e aja!
42. Instale uma válvula na sua descargaInstale uma válvula para regular a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário: mais quantidade para o número 2, menos para o número 1!
43. Economize água em suas viagensA distribuição de água no mundo é extremamente irregular. Em algumas regiões da África é necessário caminhar por mais de dois quilômetros para se encontrar água. O Brasil, que possui um dos maiores reservatórios do mundo, tem um nordeste agonizante pela seca e pela pobreza. Ao viajar para regiões onde a água é escassa, economize mais ainda.
44. Recicle árvores e cartões de NatalTodos os anos, toneladas de árvores de madeira ou de plástico são jogadas no lixo, sem contar os inúmeros cartões de natal e caixas de presentes. Incorpore o espírito do natal e reaproveite tudo o que puder no ano seguinte, para que todos sempre tenham um feliz ano novo.
45. Não peça comida para viagemSe você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim você economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas.
46. Regue as plantas à noiteAo regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas.
47. Frequente restaurantes naturais/orgânicosCom o aumento da consciência para a preservação ambiental, uma gama enorme de restaurantes naturais, orgânicos e vegetarianos está se espalhando pelas cidades. Ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda verde está trazendo e assim estará incentivando o mercado de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e menos agressivos ao meio-ambiente.
48. Vá de escadaPara subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia. Se você vai de elevador, a boa-educação manda que você espere quem ainda está chegando, certo?
49. Faça sua voz ser ouvida pelos seus representantesUse a Internet, cartas ou telefone para falar com os seus representantes em sua cidade, estado e país. Mobilize-se e certifique-se de que os seus interesses – e de todo o planeta – sejam atendidos.
50. Divulgue essa lista!Envie essa lista por e-mail para seus amigos, divulgue o link do post no seu blog ou orkut, reproduza-a livremente, e, quando possível, cite a fonte. O Mude o Mundo agradece, e o planeta também! "
"Traduzidas e adaptadas de GlobalWarmingFacts.info.

domingo, 19 de abril de 2009

Hoje é dia do ÍNDIO

Em 2009, STF quer julgar demarcação de terras indígenas no RS e na BA
Na Bahia, 4,5 mil índios Pataxó vivem em área de 54 mil hectares.No Rio Grande do Sul, disputa é entre fazendeiros e índios Kaingang.

Do G1, em São Paulo

STF quer analisar outros processos de demarcação de terras indígenas em 2009 (Foto: Wilson Dias/ABr )
O plenário da Corte do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, ainda em 2009, ações sobre a legalidade de títulos de propriedade de imóveis rurais concedidos em área ocupada por índios Kaingang, no Rio Grande do Sul, e na reserva indígena Caramuru Catarina Paraguaçu, na Bahia.

Segundo a Agência Brasil, o ministro do STF Carlos Ayres Britto, que relatou o processo da Raposa Serra Sol, crê que a decisão da Corte, em 19 de março deste ano, vai nortear futuros pronunciamentos em causas semelhantes. “Ela [decisão de manter demarcação contínua da Raposa] vai balizar não por mérito próprio, porque não foi inovação de conteúdo, mas uma reafirmação do que já está na Constituição Federal”, afirmou Britto.
Entre as 19 condições definidas pelo STF no caso Raposa Serra do Sol, uma delas ressalta ser vedada a ampliação da terra indígena já demarcada. Apenas nesta questão, Ayres Britto foi voto vencido, mas ele não descarta que a Corte reveja futuramente este entendimento. Em alguns estados brasileiros, como Mato Grosso do Sul, estudos para novas demarcações estão em curso para garantir a adequada sobrevivência da população indígena. Britto avalia que o STF consolidou uma posição importante para a reafirmação dos direitos dos povos indígenas no Brasil. “Foi o reconhecimento da dignidade dos índios, de que não há cultura étnica superior ou inferior a outra. A aculturação tem que ser um soma, algo que se ganha, e não algo que se perde. Isso coloca o Brasil na vanguarda mundial da questão indígena.”
Na Bahia
Em setembro do ano passado, o ministro Carlos Alberto Menezes Direito pediu vista do processo referente à Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, no sul da Bahia, que tramita na Justiça há 25 anos. Na área de 54 mil hectares, favorável ao cultivo de cacau, vivem cerca de 4,5 mil índios Pataxó Hã-Hã-Hãe e fazendeiros que obtiveram títulos de posse do governo do estado. O documento foi obtido após ter sido feita a demarcação como terra indígena pela União, na década de 1930. Antes da suspensão do julgamento pelo pedido de vista, o relator, ministro Eros Grau, votou pela declaração da nulidade de todos os títulos de posse emitidos pelo governo da Bahia aos fazendeiros da área. Grau citou que tais títulos não teriam validade porque foram expedidos depois da Constituição de 1967, que consagrou as terras ocupadas pelos índios como bens da União, com usufruto exclusivo deles. “A baixa demografia indígena em determinados períodos, na região, não impede o reconhecimento do caráter permanente da posse dos índios”, disse. O relator ainda acrescentou que, se em algum momento, os índios não estiveram na região foi pelo fato de terem sido expulsos por fazendeiros. Os Pataxó alegam que “parentes” foram vítimas de assassinatos, sequestros, invasões e ameaças desde que os fazendeiros obtiveram títulos de posse na área.

No Rio Grande do Sul
O processo que trata da disputa por terras entre fazendeiros e índios Kaingang no Rio Grande do Sul voltará ao plenário com um voto-vista da ministra Cármen Lúcia. A ação foi ajuizada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que pede a declaração de nulidade dos títulos de propriedade de imóveis rurais concedidos pelo governo gaúcho na região em que vivem os índios. O julgamento da causa começou em maio de 2002 e o relator, ministro Ilmar Galvão, votou pela nulidade dos títulos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Projeto para recuperar as florestas da Mata Atlântica.

Projeto pretende restaurar 15 milhões de hectares da Mata Atlântica até 2050
Pacto envolve organizações ambientalistas, empresas e governos e tem meta de integrar ações de recuperação da floresta.
Da BBC

Organizações ambientalistas lançaram nesta terça-feira um projeto que pretende restaurar 15 milhões de hectares da Mata Atlântica até 2050, equivalentes a cerca de 10% da floresta original e ao dobro da área atualmente conservada.
O chamado Pacto pela Restauração da Mata Atlântica tem o objetivo de integrar iniciativas já existentes e ampliar o alcance de projetos para "reverter o processo de degradação e começar um amplo programa de recuperação dessa floresta", diz o coordenador geral do conselho de coordenação do projeto, Miguel Calmon, que também é diretor do programa de conservação para a Mata Atlântica da The Nature Conservancy.
Calcula-se que apenas 7,26% da área original da Mata Atlântica (de 1,36 milhão de quilômetros quadrados) ainda estejam conservados. Outros 13%, segundo os idealizadores do pacto, são fragmentos em diferentes estágios de conservação, que necessitam de ações de proteção.
Com os 15 milhões de hectares que o projeto pretende restaurar (área equivalente a três vezes o território do Estado do Rio de Janeiro), o objetivo é chegar à meta de 30% do bioma da Mata Atlântica recuperados.
Um mapeamento realizado desde 2007 por especialistas das principais organizações que atuam na Mata Atlântica identificou 17,45 milhões de hectares com potencial para restauração.
Incentivos
Até esta terça-feira, o plano já tinha a adesão de 53 organizações ambientalistas, empresas, governos e instituições de pesquisa. Os coordenadores do projeto esperam novas adesões, inclusive de organizações de indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária.
Segundo Calmon, o valor médio para recuperar um hectare da Mata Atlântica é de US$ 1 mil, o que levaria a um cálculo de aproximadamente US$ 15 bilhões para recuperar 15 milhões de hectares.
Calmon afirma que um dos objetivos é aliar a conservação da biodiversidade à geração de trabalho e renda na cadeia produtiva da restauração.
Proprietários rurais, por exemplo, poderiam se beneficiar com a adequação legal de suas terras e eventuais ganhos financeiros por sequestro de carbono e outros serviços ambientais.
Áreas de pastagens com baixa produtividade poderiam ser transformadas em florestas manejadas com alto rendimento econômico, segundo os coordenadores do projeto.
Também está prevista a disseminação de informações técnicas, além do monitoramento das ações.
"Vamos definir e monitorar uma meta anual também", diz Calmon. Os idealizadores do projeto afirmam, porém, que para ser consistente a restauração é um processo longo, que envolve décadas.
A Mata Atlântica abriga 60% das espécies ameaçadas de extinção no Brasil. Atualmente, vivem na Mata Atlântica 122 milhões de pessoas.

G1 - Portal de notícias Globo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ganância triufante x Meio Ambiente derrotado.

O Instituto Chico Mendes se perde nas Veredas
Marcos Sá Correa *


Sem freio nem motorista, desembestado na contramão, o Brasil está em campanha para se livrar das leis que protegem as últimas relíquias de sua exuberância natural.
Há um anúncio na TV dizendo que “o País vai parar” se elas não mudarem.Mas a publicidade é o de menos.
Santa Catarina disparou na frente e, concretamente, vota até o fim do mês na Assembleia Legislativa o Projeto 0238,que desfigura o Código Ambiental do Estado a ponto de instituir a licença automática de obras não embargadas e reduzir de 30 para 5 metros a barreira de matas ciliares nos cursos d’água. A desculpa dos políticos é alforriar, com o projeto, cerca de 167 mil pequenos agricultores, espremidos pelas faixas de proteção permanente em propriedades de 50 hectares. Mas,na prática, o novo código atende antes de mais nada “os grandes”, avisa o promotor Luís Eduardo Souto, em artigo no site da Apremavi, uma ONG da serra catarinense. Os“grandes”,Souto esclarece, são 1,9% de latifundiários que dominam 32,52% da área cultivada no Estado. O “agricultor familiar”, que lhes serve de pretexto, já conta com a “autorização legal do código vigente para utilizar economicamente as áreas de preservação permanente, desde que o faça mediante sistema de manejo agroflorestal sustentável”.
Mas isso não faz diferença. Mente-se tanto no Brasil em favor dos pobres que dez projetos federais disputam, em Brasília, a honra de amputar 9,5 milhões de hectares de parques nacionais e outros tipos de reserva. Somados pelo repórter Aldem Bourscheit, dos confins da Amazônia às fronteiras do RS, eles dariam para cobrir um Estado do tamanho de SC. Só o deputado Asdrúbal Bentes quer acabar com 6,5 milhões de ha em florestas nacionais e parques no Pará.
O presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, alega que os projetos dos parlamentares são fracos, “sem informação técnica detalhada”. Seria plausível caso Mello se dedicasse a desmontá-los. Mas não foi isso que fez, no domingo passado, falando em programa de TV sobre o Parque Nacional Grande Sertão Veredas.
Como encarregado oficial de zelar pelas unidades de conservação do governo federal, ele pôs no ar dúvidas estranhas sobre a legitimidade do processo que resultou no parque, estabelecido num lugar “onde tem gente”. E ainda aproveitou as câmeras para propor a revisão do Código Florestal Brasileiro.
Com defensores como Mello, o Ministério do Meio Ambiente não precisa de opositores. Mello, pelo visto, ignora que o Grande Sertão Veredas surgiu de um processo exemplar. Leva a assinatura de Maria Tereza Pádua, a funcionária pública que,em outros tempos,instituiu quase tantos hectares de áreas protegidas quanto os milhões que as autoridades agora pretendem suprimir. ●
* É jornalista e editor do site
O Eco (www.oeco.com.br)